Pintura de 2017, desafiadora pelo formato retangular vertical de mais de 2m de altura, tem contrastes de cheios e vazios em uma sugestão de elementos reconhecíveis como um sofá do lado direito do quadro e um lago ou açude no canto inferior esquerdo.

A abstração, em sua maioria em cores quentes, traz uma vivacidade à tela lembrando as cores do fogo ou as cores atribuídas à paixão e ao desejo.

Ao final, o título evoca a lenda alemã retratada no livro Fausto, de Goethe, em que o protagonista faz um pacto com o diabo pelo progresso e sabedoria ilimitada. A pintura também faz referência à obra de Flávio de Carvalho presente no acervo da Pinacoteca, Ascensão Definitiva de Cristo, 1932. Artista múltiplo e seminal do Modernismo brasileiro, foi importante desenhista, pintor, performer e questionador. Em uma de suas ações e experimentos performáticos, em 1931,

Flávio caminhou no sentido contrário de uma procissão religiosa, recusando-se a tirar o chapéu, gerando uma violenta resposta dos presentes. 

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Imagens embaralhadas e irreconhecíveis habitam um espaço subjetivo, deformado, mais mental que real.

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